O poeta José Rocha (foto) lança seu novo livro de poemas, "A lua do meio-dia" (Casa do Novo Autor, São Paulo) na loja das Livrarias Porto do Shopping Catuaí, em Londrina, no próximo dia 4 de junho, às 19h.
Rocha é autor de outros cinco livros: "Espelho quebrado", "Batatas fritas ao sol", "Batatas fritas ao sol II", "O verbo por quem sofre de verborragia" e "Coração de Leão".Elogiado por Maurício Kubrusly (do "Me leva Brasil"), que o chama de "Meu poeta", Rachel de Queiroz ("Meu conterrâneo talentoso", ela dizia) e Paulo Bomfim ("Quero vê-lo na Academia Paulista de Letras", disse um dia Bomfim), entre outros, José Rocha sabe o que quer.
Cedo – aos oito anos (ou em 1968) – disse a um tio, durante um passeio de Jipe pelos coqueirais de sua terra-natal, Fortaleza, que queria ser escritor. Aos 10, imitava Olavo Bilac. Aos 11, decorou poemas de Álvares de Azevedo. Na mesma época, leu Fernando Sabino, Mark Twain, Júlio Verne, José de Alencar... Aos 12, começou a escrever suas primeiras histórias.Sua estréia em livro aconteceu aos 23 anos – em 1983 – com "Espelho quebrado", sua primeira obra individual.
Neste livro, está "Terceto erótico", que o artista plástico Adelmo Almeida dos Santos (que trabalhou com Itamar Assumpção e Arrigo Barnabé) chamou de "pequena obra-prima" e que encantou o também artista plástico Cerzo: "É um poema admirável, que nos move".
Talvez herdeiro do talento de seus avós (Luiz Marques de Sousa foi repentista e Eliézer de Lima Rocha escreveu no antigo jornal "Correio do Ceará"), José Rocha fez da escrita sua ferramenta de trabalho.
Virou assessor de imprensa, enveredou pela publicidade, escreveu textos para emissoras de rádio, peças de teatro, musicais e leu muito – mais recentemente, tem se dedicado a um novo projeto: um CD com poemas seus musicados pelo amigo e parceiro Juá de Casa Forte, que se apresentou em Londrina há dois anos.
A obra de Carlos Drummond de Andrade (não a publicada depois da morte do poeta mineiro, ressalta) ele devorou. José Rocha leu "tudo de Drummond", inclusive as crônicas semanais publicadas no "Jornal da Tarde". Leu Vinícius de Moraes, Mário Quintana, Ferreira Gullar, Cecília Meireles, Paulo Leminski, Waly Salomão, Thiago de Mello, Fernando Pessoa, Florbela Espanca, Sylvia Plath, Baudelaire, Júlio Cortazar, entre centenas de outros.
Mas o poeta destaca que a Música Popular Brasileira foi um de seus grandes ensinamentos. As letras de Chico Buarque, Milton Nascimento, Alceu Valença, Erasmo Carlos, Lô Borges, Caetano Veloso, Sérgio Sampaio, Arrigo Barnabé, Itamar Assumpção, Alice Ruiz, João Ba, Paulo Simões, Almir Sater, Arnaldo Antunes, Paulo Leminski, Tom Jobim, Gilberto Gil, Tom Zé, Gonzaguinha, Assis Valente, Noel Rosa, Catulo da Paixão Cearense e uma outra infinidade de nomes, lhe influenciaram muito.
O resultado disso tudo - dessa mistura de influências – traz um livro novo onde o poeta e compositor paulista Rodolfo Tokimatsu arrisca colocar a poesia de José Rocha no mesmo patamar da poesia de Drummond, Baudelaire, Rimbaud, Hilda Hilst, José Paulo Paes, Paulo Leminski, Maiakovski... "José Rocha, companheiro deste bom ofício que é a arte das palavras, está entre os dez maiores poetas que já li", afirma Tokimatsu, um dos mais admirados pelo autor de "A lua do meio-dia".
O público de Londrina vai poder conferir de perto quem é esse homem que é capaz de encantar pesos pesados da literatura e da crítica no Brasil e de ter seu trabalho alçado ao nível de grandes mestres. José Rocha diz que é apenas "um operário da palavra". Seus admiradores dizem mais. Quem tem razão?
SERVIÇO: Lançamento do livro de poemas "A lua do meio-dia", de José Rocha. Dia 4 de junho, às 19h, na loja das Livrarias Porto, em Londrina (Shopping Catuaí – Rodovia Celso Garcia Cid, km 377 – s/n – Loja D1). Telefone: (43) 3294-8300. E-mail: catuai@livrariasporto.com.br
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